segunda-feira, 8 de junho de 2015

1° Ano Filosofia e Sociologia

                                                       FILOSOFIA


  • PRÉ-SOCRÁTICOS



  • SÓCRATES


 Quem foi Sócrates? Qual sua opinião sobre os Sofistas? Quais suas idéias fundamentais?
É relativamente pouco o que sabemos sobre Sócrates, o homem. Nascido em 470 a.C., foi executado em 399 a.C., quando Atenas perdeu a Guerra do Peloponeso contra Esparta.
Sócrates ensinou que o sistema filosófico é o valor do conhecimento humano. Antes de Sócrates questionava-se a natureza, depois de Sócrates, questiona-se o homem. O valor do conhecimento humano (Humanismo).


CONHEÇA-TE A TI MESMO, frase escrita no portal do templo de Apolo; cuja frase era a recomendação básica feita por Sócrates a seus discípulos.
Sócrates percebeu que a sabedoria começa pelo reconhecimento da própria ignorância: “SÓ SEI

 QUE NADA SEI”; é, para Sócrates, o princípio da sabedoria.
O estilo de vida de Sócrates assemelhava-se ao dos Sofistas, embora não vendesse seus ensinamentos. Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições afirmadas, os novos problemas que surgiam a cada resposta. Seu objetivo inicial era demolir, nos discípulos, o orgulho, a ignorância e a presunção do saber.
Usava dois métodos: IRONIA MAIÊUTICA.


MAIÊUTICA: Dava alternativas, perguntas e respostas, ajudava a buscar a verdade. O nome Maiêutica foi uma homenagem a sua mãe que era parteira. Ele dava luz às idéias.
IRONIA: A ironia socrática tinha um caráter purificador na medida em que levava os discípulos a confessarem suas próprias contradições e ignorâncias, onde antes só julgavam possuir certezas e clarividências, perguntas e respostas, destruía o falso saber. Os discípulos, libertos do orgulho e da pretensão de que tudo sabiam, podiam iniciar o caminho da reconstrução das próprias idéias. Com isso, Sócrates acreditava num só Deus (Monoteísmo); a época era de Politeísmo. Por vários motivos ele foi perseguido. Foi condenado à morte em 399 a.c. por não aceitar mudar suas idéias (tomou Cicuta, um tipo de bebida que o carrasco deu-lhe para beber).
Para Sócrates o homem deveria conhecer a si mesmo, chegar à virtude através do conhecer a si mesmo. È a sabedoria que nos dá a virtude.


Ao trabalhar com Os Sofistas, Sócrates observa e questiona:
a) Os Sofistas buscam o sucesso e ensinam as pessoas como conseguí-lo; Sócrates busca a verdade e incita seus discípulos a descobri-la.
b) Os Sofistas é necessário fazer carreiras, Sócrates quer chegar à verdade, desapegando dos prazeres e dos bens materiais.
c) Os Sofistas gabam-se de saberem tudo e fazer tudo; Sócrates tem a convicção de que ninguém pode ser mestre dos outros.
d) Para os Sofistas, aprender é coisa passiva e facílima, afirmam isso e tudo por um preço módico.
Sócrates defendia que a opinião é individual, mas a sabedoria é universal. A questão da felicidade e honestidade está na prática do agir. As riquezas não interessam aos homens.
A doutrina socrática identifica o sábio e o homem virtuoso. Derivam daí diversas conseqüências para a educação, como: o conhecimento tem por fim tornar possível a vida moral; o processo para adquirir o saber é o diálogo; nenhum conhecimento pode ser dogmaticamente, mas como condição para desenvolver a capacidade de pensar; toda a educação é essencialmente ativa, e por ser auto-educação leva ao conhecimento de si mesmo; a análise radical do conteúdo das discussões, retirado do cotidiano, leva ao questionamento do modo de vida de cada um e, em última instância, da própria cidade.


SOFISTAS

Quem foram os sofistas?
Etimologicamente, o termo sofista significa sábio, entretanto, com o decorrer do tempo, ganhou o sentido de impostor, devido, sobretudo, às críticas de Platão.
Os sofistas eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas de eloquência e sagacidade mental, ou seja, tinham fácil oratória e eram astuciosos. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso dos negócios públicos e privados.
As lições sofísticas tinham como objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação, da habilidade de discursos primorosos, porém, vazios de conteúdo. Eles transmitiam todo um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria utilizado na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários.
O momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento desse tipo de atividade praticada pelos sofistas. Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembleias democráticas. Por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam a necessidade de aprender a arte de argumentar em público para, manipulando as assembleias, fazerem prevalecer seus interesses individuais e de classe.
Entre os sofistas, destacamos Protágoras e Górgias, que pareciam mais preocupados com a distinção entre natureza e convenção, de uma forma geral. Por essa razão, tinham como um de seus principais objetivos depreciar o estudo da natureza e, desta maneira, toda a linha filosófica existente até essa época.
Protágoras alegou que o homem é a medida de todas as coisas, tanto das coisas que são o que são como das coisas que não são, o que não são. Isto significa que tudo é como parece ao homem – não apenas aos homens em geral, mas a cada indivíduo em particular. Esta tese, leva a um relativismo total, sem possibilidade alguma de verdade absoluta.
Górgias foi ainda, mais radicalmente oposto à natureza e a seu estudo. Escreveu um livro no qual formulou uma tripla alegação:

 1) nada há;

 2) mesmo que houvesse alguma coisa, não poderíamos conhecê-la; e

 3) mesmo que pudéssemos conhecê-la não poderíamos comunicá-la aos demais. Poderíamos descrever isto como um argumento mediante “retirada estratégica”: caso a posição mais radical não seja julgada convincente, volta-se para outra, menos radical. Mas até mesmo esta última elimina a possibilidade de estudo da natureza.Górgias ensinava retórica, enquanto que Pródico, especializava-se em linguagem e gramática em geral, ao passo que Hípias ensinava o treinamento da memória. Todas estas aquisições eram úteis em uma sociedade que tanto dependia da capacidade de influenciar a opinião pública na assembléia.


De qualquer modo, na opinião de Sócrates, eles fracassaram em ensinar excelência moral ou virtude. A alegação deles de ensinar arete (excelência) não apenas, na opinião de Sócrates, induzia em erro, mas corrompia também, porque sugeria que podiam produzir excelência moral, ao passo que nada faziam neste particular.


 

EXERCÍCIOS

01- (Ufsj 2012) Sobre o princípio básico da filosofia pré-socrática, é CORRETO afirmar que 

 a) Tales de Mileto, ao buscar um princípio unificador de todos os seres, concluiu que a água era a substância primordial, a origem única de todas as coisas.
 b) Anaximandro, após observar sistematicamente o mundo natural, propôs que não apenas a água poderia ser considerada arché desse mundo em si e, por isso mesmo, incluiu mais um elemento: o fogo.
 c) Anaxímenes fez a união entre os pensamentos que o antecederam e concluiu que o princípio de todas as coisas não pode ser afirmado, já que tal princípio não está ao alcance dos sentidos.
 d) Heráclito de Éfeso afirmou o movimento e negou terminantemente a luta dos contrários como gênese e unidade do mundo, como o quis Catão, o antigo.

02- 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

2º ano Filosofia e Sociologia

2º ano sociologia


Quiz sobre o racismo


1- “Na segunda metade do século XX, a tendência à superação das ideias racistas permitiu que diferentespovos e culturas fossem percebidos a partir de suas especificidades. Grupos de negros pressionaram pela adoção de medidas legais que garantissem a eles igualdade de condições e combatessem a segregação racial. Chegamos então ao ponto em que nos encontramos, tendo que tirar o atraso de décadas de descasopor assuntos referentes à África”. Marina de Mello e Souza. A descoberta da África. RHBN, ano 4, n. 38, novembro de 2008, p. 72-75. A partir deste texto e do conhecimento da sociologia a respeito da questão racial em nosso país, é possível afirmar que

a) autores como Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Darcy Ribeiro, entre outros tantos autores, são importantes por chamarem a atenção do país para o papel dos negros na construção do Brasil e da brasilidade, e as formas de exclusão explícitas e implícitas que sofreram.

b) apesar de relevante a luta contra o preconceito racial, o estudo da África só diria respeito ao conhecimento do passado, do período do Descobrimento do Brasil até a abolição da escravidão entre nós.

c) estudar a África só nos indicaria a captura e a escravidão de diferentes povos africanos, tendo em vistaque raça e o racismo são categorias ideológicas as quais servem para encobrir as fortes tensões sociais existentes entre a imensa classe de pobres e o seu oposto a dos ricos.

d)a autora quer dizer que devemos hoje operar cada vez mais com categorias tais como a especificidadeda raça negra, da raça branca, da raça amarela e outras mais.

e) nenhuma das alternativas está correta.

                                               




                               2º ano filosofia




Qual o paralelo entre a ciência antiga e a moderna?

Suponho que a diferença que pode haver entre a ciência do passado e a de hoje é talvez a diferente maneira de encarar a interação entre o observador e a coisa observada. O pressuposto básico do método de observação consagrado no passado, e ainda vigente até hoje em certos círculos científicos de orientação filosófica materialista, é a independência entre sujeito e objeto, isto é, que o pesquisador não influi no resultado da experiência. Entretanto, já se admite hoje, na moderna física quantística, o princípio da incerteza, enunciado por Heisenberg, que afirma que:
“ não podemos definir com exatidão as propriedades de um fenômeno pois é impossível afastar a interação do objeto com o observador”.
Para compreendermos isto, é necessário levar em consideração a concepção Ubaldista de que o nosso Universo se individua por unidades trinas em que a substância universal se apresenta sob três aspectos: matéria, energia e pensamento. Sob o ponto de vista estático o Universo é um organismo, um vir-a-ser no aspecto dinâmico e um organismo de princípios e leis no seu aspecto conceptual. O Universo está em transformação contínua, passando por evolução de uma fase a outra: da matéria a energia e desta ao pensamento.
Estas três fases representam diferentes níveis evolutivos da substância, constituindo assim um sistema hierarquizado em que a fase pensamento supera a fase energia e esta a fase matéria. Cada uma destas três fases da substância é marcada por uma dimensão própria que estabelece os seus limites. Assim a matéria tem como sua dimensão o espaço, a energia, o tempo e o pensamento, a consciência. Existe uma hierarquia entre os três termos: espaço, tempo e consciência.
A consciência supera o tempo (podemos pensar em termos de passado, presente e futuro) e este supera o espaço (pelo movimento); explica-se assim como a dimensão superior influi e domina a inferior, e não ao contrário. Tudo é individuado no Universo, sendo que cada individuação é trina e, em conseqüência, os três aspectos da substância estão soldados numa mesma unidade orgânica indissolúvel.
Estas individualidades se reagrupam em unidades maiores para compensar e equilibrar o processo separatista da individualização, constituindo assim um todo orgânico unitário que se reduz a um monismo universal que abarca tudo o que existe. Sob uma visão monista é, pois, um absurdo tentar isolar um determinado aspecto da substância, para evitar sua interação com outro aspecto dessa mesma substância, já que estes aspectos fazem parte de um organismo único e indivisível. Assim se vê com clareza, numa visão cosmológica, a impossibilidade de separar o observador da coisa observada.

1- Pontue em seu caderno as principais diferenças entre a ciência antiga e moderna.